Pragas Urbanas

Conheça um pouco mais sobre as pragas urbanas e saiba como se prevenir.

Aqui damos dicas de como dificultar o acesso de ratos baratas e formigas à sua casa e a forma correta de lidar com eles antes de pedir nossa ajuda.

Em cada categoria ao lado, você vai encontrar informações como espécie, nome científico, habitat, comportamento e informações sobre prevenção.

Aracnídeos

Aracnídeo é qualquer organismo da classe Arachnida do filo dos Artrópodes que inclui, dentre outros, aranhas, carrapatos, opiliões e escorpiões, compreendendo mais de 60.000 espécies. O nome desta classe tem origem na figura da mitologia grega Arachne. Quase todas as espécies são animais terrestres.

Escorpião-amarelo

Escorpião-amarelo (Tityus serrulatus) - É um escorpião típico do Sudeste do Brasil, com cerca de 6 cm de comprimento, que apresenta coloração amarelada especialmente nas patas. Devido aos hábitos domiciliares e à periculosidade da picada é responsável pela maioria dos acidentes escorpiônicos verificados no Brasil, em região urbana e devido ainda à grande expansão de distribuição nos últimos 25 anos, ele vem ocorrendo bastante em áreas de Campinas, São José dos Campos e Brasília. A espécie possui uma característica rara entre os escorpiões, que é a partenogênese, ou seja, a capacidade de se reproduzir, no caso, através de um ovo sem ser fecundado, não havendo necessidade de um casal. Tal fato possibilita a um único espécime transportado para um novo local se reproduzir e se desenvolver. Também conhecido pelo nome de escorpião-branco.

Aranha-armadeira

Phoneutria (Aranha-armadeira) - Em situação de defesa apóia-se nas pernas traseiras erguendo as dianteiras e abre as quelíceras para facilitar a utilização dos ferrões. Não constrói teia e caça principalmente à noite. Ataques acontecem principalmente ao se manusear material de construção, entulho, lenha ou calçar sapatos. Atinge tamanhos de 3 a 4 cm de corpo e até 15 cm de envergadura, considerando-se as pernas.
A maioria dos acidentes se manifesta por dor local acompanhada eventualmente de taquicardia e agitação. Nos casos de acidentes moderados aos mais graves, ocorrem sudorese, vômitos, hipertonia muscular, priapismo, choque e até edema pulmonar agudo. Os óbitos causados por acidentes com Phoneutria são muito raros mas, a critério médico, deve-se avaliar a necessidade de tratamento soroterápico anti-aracnídeo e de internação da vítima.

Aranha-marrom

Aranha-marrom (Loxosceles spp) - São aracnídeos que tem comprimento total de 3cm (um terço disso sendo o corpo, de coloração típicamente marrom) e seis olhos - organizados aos pares - na cor branca. Algumas apresentam o desenho de uma estrela no cefalotórax.

De teias irregulares, têm como característica a peregrinação noturna e a alta atividade no verão. Durante o dia permanecem escondidas sob cascas de árvores e folhas secas de palmeira - na natureza - ou atrás de móveis, em sótãos porões e garagens - no ambiente humano.

A maioria dos acidentes se manifesta por lesões cutâneas, sem comprometimento do estado geral e sem alterações laboratoriais. Nos casos de acidentes mais graves, ocorrem lesões cutâneas características, alterações sistêmicas e, em alguns casos, anemia aguda, icterícia e alterações laboratoriais sugestivas de hemólise. Embora seja muito pequeno o número de registros de óbitos por acidentes causados por Loxosceles, a critério médico, deve-se avaliar a necessidade de tratamento soroterápico específico. Por vezes, a ação necrosante do veneno causa lesões cutâneas, exigindo tratamento cirúrgico para correção de úlceras e cicatrizes.

Medidas preventivas

Acidentes com escorpiões e aranhas podem ser classificados em:

  • Leves: dor e parestesias locais, com tratamento sintomático e anestésico local
  • Moderados: dor local intensa associada a um ou mais sintomas como náuseas, vômitos, sudorese, sialorréia discreta, agitação, taquipnéia e taquicardia, com indicação de tratamento soroterápico anti-escorpiônico via intravenosa e manutenção das funções vitais.
  • Graves: além dos sintomas citados na forma moderada, podem ocorrer vômitos profusos e incoercíveis, sudorese profusa, sialorréia intensa, prostração, convulsão, coma, bradicardia, insuficiência cardíaca, edema pulmonar agudo e choque, podendo levar à morte. O tratamento é similar ao anterior, porém deve-se administrar maiores doses de soro.

As principais medidas preventivas contra escorpiões e aranhas são:

  • Manter jardins e quintais limpos;
  • Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico e material de construção nas proximidades das casas;
  • Evitar folhagens densas (plantas ornamentais, trepadeiras, arbusto, bananeiras e outras) junto a paredes e muros das casas; manter a grama sempre bem aparada;
  • Limpar periodicamente os terrenos baldios vizinhos obedecendo uma faixa de pelo menos 1 a 2 metros da moradia;
  • Vistoriar roupas e calçados antes de vesti-los;
  • Não colocar as mãos desprotegidas em buracos, sob pedras e troncos podres.
  • O uso de calçados e luvas de raspa de couro ajuda a evitar acidentes;
  • Vedar as soleiras das portas e janelas ao escurecer;
  • Vedar frestas e buracos em paredes e assoalho; consertar rodapés despregados; colocar telas nas janelas e saquinhos de areia nas soleiras das portas,
  • Usar telas em ralos, pias e tanques;
  • Afastar as camas das paredes; evitar o contado de roupas de cama e mosquiteiro no chão;
  • Combater a proliferação de insetos, principalmente baratas;
  • Acondicionar o lixo domiciliar em sacos plásticos ou em recipientes que possam ser mantidos fechados;
  • Preservar os inimigos naturais de escorpiões .
  • E m caso de acidente, procurar atendimento médico e não realizar procedimentos de uso caseiro.
  • O soro é distribuído gratuitamente pelo Ministério da Saúde a Hospitais e Postos de Atendimento que atendem picados por animais peçonhentos em todo país.

Baratas

Blattaria ou Blattodea é uma ordem de insetos cujos representantes são popularmente conhecidos como baratas. É um grupo cosmopolita, sendo que algumas espécies (menos de 1%) são consideradas como sinantrópicas,. Dentre os principais problemas que as baratas podem ocasionar aos seres humanos está a atuação delas como vetores mecânicos de diversos patógenos (bactérias, fungos, protozoários, vermes e vírus).

Barata alemã

Blatella germanica (Barata alemã): cosmopolita (temperatura preferida: 30ºC); tamanho: 10-15 mm de comprimento; originária da região oriental da África; principalmente uma praga domiciliar, mas que em noites quentes pode ir para o peridomicilio; comum em cozinhas e restaurantes; é a praga mais importante dentre as baratas, devido: alto potencial reprodutivo (sendo que a resistência a determinado inseticida se prolifera rapidamente), pela fêmea carregar a ooteca durante quase todo o período de incubação dos ovos (depositando-a em local favorável para o desenvolvimento ninfal) e pelo tamanho diminuto podendo se esconder em locais inacessíveis à ação dos inseticidas; período de incubação dos ovos: aproximadamente 17 dias; período de desenvolvimento das ninfas: 38-40 dias com 5 a 6 mudas (machos) e 40-60 dias com 6 a 7 mudas (fêmeas); longevidade dos adultos: 4 meses (machos) e 6 meses (fêmeas); as fêmeas produzem de 4 a 8 ootecas, com cada ooteca apresentando de 30 a 40 ovos.

Barata americana

Periplaneta americana (Barata americana): cosmopolita (temperatura preferida: 30-33ºC); tamanho: 28-44 mm de comprimento; originária da região tropical da África; principalmente uma praga peridomiciliar, mas durante o forrageamento pode entrar no domicilio; comum em áreas de manipulação de alimentos (cozinhas) e rede de esgoto; fêmea carrega a ooteca por 24 horas, e deposita em locais protegidos; há partenogênese; período de incubação dos ovos: aproximadamente 25-40 dias; período de desenvolvimento das ninfas: 130-150 dias com 9 a 13 mudas (machos e fêmeas); longevidade dos adultos: 250-350 dias, sendo menor para os machos; as fêmeas produzem aproximadamente 30 ootecas, com cada ooteca apresentando entre 14-16 ovos.

Medidas preventivas

Informações básicas:

  • Pertencem ao grupo dos insetos mais antigos do mundo (aproximadamente 300 milhões de anos)
  • Grande capacidade de adaptação
  • Existem mais de 3.500 espécies (1% apenas são domésticas)
  • Hábito onívoro
  • Elevado potencial reprodutivo
  • Hábitos noturnos
  • Aparelho bucal mastigador com fortes mandíbulas

Locais de infestação:

  • Locais com alta humidade, pouca ventilação, pouca ventilação, pouca luminosidade, matéria orgânica disponível.
    Ex: Redes de esgoto, caixas de gordura, ralos, cisternas, lixeiras, etc...
  • Costuma caminhar pelos rodapés e abrigar-se em armários de cozinha.

Ações para evitar a infestação:

  • Tampar ralos e bueiros
  • Evitar o acúmulo de lixo (principalmente orgânico)

Cupins

Os cupins ou térmita são insetos eusociais da ordem Isoptera, que contém cerca de 2.800 espécies catalogadas no mundo. Mais conhecidos por sua importância econômica como pragas de madeira e de outros materiais celulósicos, os cupins também têm atraído a atenção de cientistas devido ao seu singular sistema social. Além de provocar considerável dano econômico em áreas urbanas e rurais, esses insetos também são importantes componentes da fauna de solo de regiões tropicais, exercendo papel essencial nos processos de decomposição e de ciclagem de nutrientes.

Cupim-de-gramado

Cupim-de-gramado (Syntermes) - São cupins muito grandes com ninhos geralmente subterrâneos, mas algumas espécies fazem um monte de terra solta semelhante aos ninhos de saúvas. Não comem madeira, mas sim folhas, que eles recolhem na superfície e carregam para os ninhos. Algumas espécies atacam plantas vivas.

As colônias são grandes e de crescimento rápido. Os ninhos são geralmente subterrâneos e os operários procuram alimento num raio de até 50m. Possuem operários verdadeiros.

Esta espécie é orginária do sudeste da Ásia e introduzida no Brasil desde a década de 1920. Ocorre apenas em áreas urbanas, de São Paulo até Recife e Belo Horizonte. Nas cidades onde ocorre é o cupim-praga mais importante, causando danos consideráveis.

O sinal típico de ataque dos Cupim-de-gramado são os caminhos (túneis) que eles fazem sobre a alvenaria ou outro material. Feitos de terra, fezes e saliva, estes cupins constroem verdadeiros túneis que os protegem de predadores, perda de água, e outros contratempos.

Cupim de madeira

Cupim de madeira (Kalotermitidae) - Os cupins de madeira seca são cupins que vivem em madeira com relativamente baixo teor de umidade. A própria madeira e o ambiente em que vivem provêem a umidade que necessitam para sobreviver.

Quando infestam peças que são móveis, o ataque é discreto, podendo formar colônias completas no interior da peça, mesmo as de menor tamanho. Esta capacidade de habitar peças facilmente transportáveis, sem apresentar sinais externos de ataque, favorece sua dispersão quando as peças são transportadas.

Não possuem operários verdadeiros, mas sim ninfas e pseudo-operários, que podem facilmente tornar-se reprodutores.

Esta espécie foi introduzida na América do Sul há cerca de 100 anos e hoje é um cupim doméstico.

Cupim-de-montículo

Cupim-de-montículo (Cornitermes spp) - A maioria das espécies constroi ninho epígeo (montículo). Não atacam madeira, mas podem atacar plantas vivas. Algumas espécies, especialmente Cornitermes cumulans, atingem densidades muito altas em pastagens. A presença dos cupinzeiros em pastagens está associada à idéia de solos degradados. Seu status como praga é polêmico, e alguns o definem como praga estética: sua presença desvaloriza a propriedade, mas o dano real à pastagem não justificaria a adoção de medidas de controle.

Algumas espécies encontradas no Brasil:

  • Cornitermes cumulans: espécie mais comum no Centro-Sul do Brasil, constrói ninhos altos, sem buracos de ventilação.
  • Cornitermes bequaerti: ninhos com buracos grandes de ventilação.
  • Cornitermes silvestrii: ninhos baixos e arredondados, sem buracos. São mais comuns em Mato Grosso, Goiás e Tocantins.

Medidas preventivas

Métodos de Prevenção

De uma maneira geral, prevenir uma infestação de qualquer praga implica em se impedir o acesso desta praga ao ambiente estudado e a limitar a disponibilidade de fatores que permitam sua sobrevivência. Estes fatores são basicamente três: alimento, umidade e abrigo.

Vias de Acesso para os Cupins

Quando estudamos o comportamento dos cupins, chegamos à conclusão que eles podem penetrar em uma estrutura de várias maneiras, sendo as principais:

  • Através da revoada dos alados: Colônias de cupins subterrâneos e de cupins de madeira seca são formadas a partir da revoada dos alados. Conseqüentemente, a infestação de ambos os cupins pode ter origem na revoada. A sobrevivência deles e o sucesso na formação de um novo ninho irá depender da disponibilidade do abrigo. Os alados de cupins de madeira seca irão procurar por madeira para se abrigarem e formar a colônia e os alados de cupins subterrâneos poderão ter preferência pelo solo, seja ele solo de floreiras, vasos e jardins, ou pela madeira, desde que esteja próxima a um ponto de umidade.
  • Através de madeiras já infestadas: A colocação de madeiras já infestadas com cupim de madeira seca, em contato com outras, permite que o ataque inicial se estenda à outra madeira. Por outro lado, o transporte de madeira em grande quantidade, com um ataque pronunciado de cupins subterrâneos, pode fazer com que os indivíduos remanescentes formem uma outra colônia por cisão da colônia principal.
  • Através de frestas e ranhuras: Os cupins subterrâneos, em sua busca por alimentos, entram nas edificações por rachaduras e frestas na estrutura, principalmente quando as mesmas se apresentam em uma área de contato com o solo ou próximas ao solo. Como frestas existentes na estrutura podemos citar os blocos ocos (tijolo "baiano"), juntas de dilatação, juntas frias existentes entre duas estruturas de concreto, inserções de canos hidráulicos e conduítes elétricos, rachaduras existentes em pisos de concreto, etc.

As formas aladas dos cupins também podem dar origem a uma infestação na estrutura, embora esta possibilidade seja particularmente pouco expressiva quando comparada com infestações originadas por colônias localizadas no solo. Neste particular, novamente as rachaduras e frestas na estrutura desempenham um papel fundamental na proliferação desta infestação para outros locais da estrutura.
Desta maneira, quer a infestação seja originada de colônias estabelecidas no solo ou de cupins alados que formarão seus ninhos na estrutura, rachaduras e frestas são fundamentais para que o cupim adentre a estrutura e devem ser, por este motivo, corrigidas.

Fatores que favorecem o ataque:

Dentre os fatores que favorecem a intensidade de infestação por cupins em uma estrutura quando se encontram nas proximidades da mesma, podemos citar:

  • Enterrio de entulhos: É muito comum em prédios, durante a construção, que restos de madeira utilizados nas formas de concreto, sejam deixados nos chamados "caixões perdidos", espaços entre um andar e outro sem função específica, a fim de diminuir custos com o descarte de entulhos. Da mesma maneira, o solo ao redor da estrutura é utilizado para o enterrio deste material, rico em celulose, que se transforma em fonte de alimento para os cupins, favorecendo a proliferação destes insetos ao redor da construção. Em sua busca contínua por novas fontes de alimento, os cupins encontrarão passagens naturais para infestarem a estrutura.
  • Espaços entre estruturas, tais como vãos livres e frestas: Estes espaços, muitas vezes pouco ventilados, permitem um abrigo útil ao desenvolvimento de uma colônia sem que seja perturbada por fatores externos. Muitas colônias em prédios são encontradas nestes espaços disponíveis na estrutura.
  • Solos orgânicos (com raízes abaixo das construções): Da mesma maneira, raízes deixadas abaixo de construções são fonte de material celulósico, servindo de alimento para cupins.
  • Árvores cortadas ou agredidas (mal podadas): Quando os troncos de árvores são cortadas e seus raizames são deixados no solo, eles se tornam fonte de alimento para cupins. Muitas vezes, em inspeções, encontramos ninhos de cupins associados ao raizame morto de uma árvore cortada. Nestas situações vale a pena retirá-los do solo por ocasião do corte do tronco. Já árvores mal podadas ou agredidas, apresentam ferimentos onde os cupins alados podem se alojar e, a partir daí, desenvolverem uma colônia.
  • Condições de umidade: Áreas mal drenadas em gramados e outras condições que favorecem a umidade excessiva em um determinado local (tal como colocar pneu em volta de árvores, áreas com torneiras gotejando, etc.), podem favorecer o desenvolvimento de cupins pelo fato dos mesmos necessitarem de umidade para sobreviver. Estas condições de umidade devem ser corrigidas para um efetivo controle da infestação.

Outras medidas preventivas

Existem ainda, uma série de medidas que podem ser consideradas preventivas do ataque de cupins, a saber:

  • Uso de madeiras tratadas durante a construção do imóvel ou montagem dos móveis.
  • Colocação de telas (20 mesh) para prevenir a entrada de alados nas áreas internas da estrutura.
  • Uso de madeiras naturalmente mais resistentes.
  • Proteção da superfície exterior das madeiras com tintas, vernizes ou outras coberturas apropriadas, com o objetivo de tapar frestas e ranhuras onde os cupins possam se alojar.

Formigas

As Formigas (Formicidae), o grupo mais popular dentre os insetos, são interessantes porque formam níveis avançados de sociedade, ou seja, a eusocialidade. Todas as formigas, algumas vespas e abelhas, são considerados como insetos eusociais, fazendo parte da ordem Hymenoptera. As formigas estão incluídas em uma única família (Formicidae), sendo que existem aproximadamente 11000 espécies descritas, distribuídas por todas as regiões do planeta, exceto nas regiões polares.

Formiga Argentina

Formiga Argentina (Linepithema Humile) - Esta espécie faz seus ninhos próximo à fonte de alimento e água, como pias, vasos de plantas e encanamentos. O fato de expulsarem as outras espécies de formigas do território onde estabelecem seus ninhos, favorece sua dispersão, dificultando o controle. Apresentam somente um nó na cintura. A extremidade do gáster não apresenta círculo de pêlos. São monomórficas e a coloração varia de marrom claro a marrom um pouco mais escuro. O escapo não é mais longo que a cabeça e as pernas são proporcionais ao corpo. Alimentam-se de substâncias açucaradas, carnes, insetos mortos e suco de frutas.

Formiga-carpinteira

Formiga-carpinteira (Camponotus spp.) - A maioria das formigas carpinteiras faz seus ninhos em madeira morta, mas podem também fazê-los em troncos de árvores, porém não se alimentam da madeira. Também fazem seus ninhos dentro das casas, aproveitando falhas na estrutura, podendo ser encontradas em vigas de madeira e molduras de porta. Podem construir ninhos secundários, menores e ligados ao formigueiro principal, que é maior. Podem ser encontradas dentro de aparelhos eletrônicos. Apresentam somente um nó na cintura e um círculo de pêlos na extremidade do gáster, quando observadas sob lupa. São polimórficas apresentando cores variadas (do amarelo ao preto). Podem ter muitos pêlos ou não, dependendo da espécie. O mesossoma, quando observado de perfil, é arredondado. Algumas espécies expelem ácido fórmico, um líquido de odor característico. Alimentam-se geralmente de substâncias açucaradas, ovos, carnes e bolos.

Formiga-do-faraó

Formiga-do-faraó (Monomorium pharaonis) - Fazem ninhos em pequenas cavidades no interior de ambientes domésticos e, classicamente, são um risco potencial para a saúde pública, especialmente quando ocorrem em hospitais, pois são vetores mecânicos de bactérias patogênicas. Possuem dois nós na cintura e antenas com 12 segmentos, sendo os três últimos maiores que os demais. São monomórficas, com cores variando do amarelado ao marrom claro, medindo de 1,2 a 2,0 mm. Esta formiga tem sido largamente espalhada pelo mundo através de transporte acidental e tem se tornado uma espécie importante, principalmente nos centros urbanos e em outras áreas em que foi introduzida. Consomem alimentos variados, preferencialmente os ricos em gordura e também substâncias doces. As colônias possuem muitos indivíduos, podendo conter várias rainhas que, apesar de possuírem asas, nunca voam. A fundação de novas colônias ocorre principalmente por fragmentação (sociotomia). É uma das espécies mais difíceis de ser controlada pois é altamente dominante sobre as outras espécies e possui crescimento rápido da colônia.

Formiga lava-pés

Formiga lava-pés (Solenopsis spp.) - Formam ninhos de terra solta dos quais, quando mexidos, sai um número enorme de formigas, podendo ser observadas larvas e pupas. Os ninhos normalmente estão localizados em locais abertos, tais como gramados, campos de futebol e canteiros de árvores. Ocasionalmente podem infestar equipamentos eletrônicos e até mesmo caixas de fiação elétrica, podendo provocar curto circuito. Com dois nós na cintura, sua coloração pode variar do amarelo-claro a marrom até o preto brilhante. Possuem ferrão na extremidade do gáster e antenas com 10 segmentos sendo os dois últimos iguais e maiores que os anteriores. São polimórficas. Não existe a casta de soldado distinta. A picada é dolorosa, pois as formigas introduzem o ferrão na pele da vítima inoculando veneno que causa bolhas como se fossem queimaduras. Podem causar respostas alérgicas em algumas pessoas e, em casos mais graves, choque anafilático. As formigas lava-pés são onívoras, ou seja, alimentam-se de quase todos os tipos de plantas ou animais e de uma variedade de alimentos domésticos, tais como óleos, carnes, manteiga, queijos, frutas, pães e doces.

Medidas preventivas

Os três fatores básicos que levam a qualquer praga urbana a invadir uma residência são: alimento, água e locais para construção de ninhos. Assim, a limpeza dos ambientes (por exemplo, restos de alimento derrubados no chão), e a remoção de entulhos deve ser feita de maneira constante. Além disso, a eliminação das cavidades, que poderiam servir como ninhos, e a sua correta vedação podem diminuir a quantidade de formigas.

Em áreas urbanas

  • Remover ninhos visíveis, como os das lava-pés, é uma alternativa que exige persistência, Utiliza-se, no caso, uma solução de metade água, metade água sanitária ou apenas água fervente nos ninhos. A aplicação deve ser feita à tarde, para que a água sanitária não queime o gramado.
  • Para eliminar formigas residenciais é preciso identificar ninhos em potencial, como buracos em azulejos. Com uma seringa, aplica-se uma mistura meio a meio de água e detergente e, posteriormente, fecham-se os furos com parafina, cimento ou sabão. Se as formigas voltarem, significa que o ninho da rainha não foi eliminado. Repetem-se as aplicações até atingir o ninho principal.
  • Alguns métodos repelentes também são indicados, porém, não é possível livrar-se da totalidade dos insetos só com essas receitas. A sugestão é distribuir punhados de cravo-da-índia, folhas de louro, cascas de limão ou de tangerina que possuem óleos essenciais repelentes pelos cantos dos armários ou da casa. Dentro do açucareiro, pode-se colocar um sachê feito com gaze e cravo-da-índia. Em todos esses casos, é necessário fazer a troca a cada duas semanas, para que o cheiro não se dissipe.

Em áreas rurais:

  • Para a área rural, são indicadas iscas formicidas de ação lenta contra formigas cortadeiras. Dependendo do princípio ativo, podem ser tóxicas às formigas, agindo por ingestão, ou ao fungo que as alimenta no ninho, levando os insetos a morrer de fome. Devem ser usadas de acordo com as instruções do fabricante.

Moscas e Mosquitos

O termo Mosca (Brachycera), que denota os insetos dípteros esquizóforos da subordem dos ciclórrafos, com cerca de 80 mil espécies descritas, que se dividem em caliptrados e acaliptrados e numerosas famílias.

A mais conhecida é a mosca doméstica, comum em praticamente todo o planeta.

Mosquito e pernilongo são termos gerais para designar diversos insetos da subordem Nematocera, especialmente os da família Culicidae. As fêmeas são também conhecidas como melgas ou tropeteiros, designações de carácter popular ou regional.

Mosca doméstica

Mosca doméstica (Musca domestica) - É um dos insectos mais comuns e um membro do grupo das moscas (ordem Diptera). A mosca pode pousar em comida , contaminando-a de bactérias e tem sido, durante os tempos, responsável por inúmeras propagações de doenças.

A sua larva ( asticô ) é muito útil na medicina legal e na pesca. O estado de desenvolvimento da larva pode ajudar na determinação do tempo decorrido desde a morte de uma pessoa.

Uma vez que a larva só se alimenta de carne morta, surgiram experiências, em ambiente controlado, para introduzir a larva em feridas, eliminando a carne putrefacta, evitando a gangrena.

O ciclo de vida de uma mosca varia de 25 a 30 dias.

Mosquinha-de-fruta

Mosquinha-de-fruta (Drosophila melanogaster) - É um insecto díptero (2 pares de asas) pertencente ao género das moscas da fruta. Esta espécie é um dos animais mais utilizados em experiências de genéticas, sendo dos mais importantes organismos modelo em Biologia. É utilizada em inúmeros estudos genéticos por apresentar cromossomos "gigantes", formados por várias multiplicações dos filamentos da eucromatina. Facilitando sua observação ao microscópio. Possui estruturas chamadas "pufes", que são prolongamentos da eucromatina que permite um maior contato da mesma com o hialoplasma nuclear, ativando uma áera maior do ADN.

As drosófilas se alimentam de leveduras em frutos já caídos em início de decomposição, e portanto não causam prejuízo. Algumas espécies se alimentam em outros substratos como cactáceas, também em início de decomposição, e guano de morcego, entre outros.

Mosquito da Dengue

Aedes aegypti, Stegomyia aegypti e Anopheles são espécies de mosquito da família Culicidae proveniente de África, atualmente distribuidos por quase todo o mundo, com ocorrência nas regiões tropicais e subtropicais. O mosquito está bem adaptado a zonas urbanas, mais precisamente ao domicilio humano onde consegue reproduzir-se e pôr os seus ovos em pequenas quantidades de água limpa, isto é, pobres em matéria orgânica em decomposição e sais. É considerado transmissor de doenças graves como o dengue e a febre amarela e por isso mesmo o controle das suas populações é considerado assunto de saúde pública.

O Aedes aegypti é um mosquito que se encontra ativo e pica durante o dia, ao contrário do Anopheles, transmissor da malária, que tem atividade noturna e tendo como vitima preferencial o homem. O seu controle é difícil, por ser muito versátil na escolha dos criadouros onde deposita seus ovos, que são extremamente resistentes podendo sobreviver vários meses até que a chegada de água propicie a incubação. Uma vez imersos, os ovos desenvolvem-se rapidamente em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Como em quase todos os outros mosquitos, somente as fêmeas sugam sangue; os machos sugam apenas substâncias vegetais e açucaradas.

Por se adaptar bem a vários recipientes, a expansão deste mosquito a partir do seu habitat original foi rápida. O Aedes aegypti foi introduzido na América do Sul através de barcos provenientes de África. Houve casos em que os barcos ficaram com a tripulação tão reduzida que passaram a vaguear pelos mares, constituindo os "navios-fantasmas".

Os mosquitos podem ser divididos em domésticos, semidomésticos e silvestres. Entre os domésticos, encontram-se os do gênero Aedes e Anopheles, que vivem nas residências urbanas, e suas larvas crescem nas águas paradas como vasos de flores, pneus velhos e calhas dos telhados.

Os semidomésticos entram nas habitações para alimentar-se de sangue. Abrigam-se em ocos de pau, sob folhas, nas frestas das paredes, etc. Eles só atacam o homem quando este invade as matas.

Mosquito-palha

Mosquito-palha (Phlebotomus), também conhecido como birigüi, cangalha, tatuíra, entre outros, são mosquitos (diptera), pequenos, corcundas e com as asas, estreitas e de forma lanceolada, sempre levantadas quando estão pousados.

São conhecidas cerca de 450 espécies, distribuídas no continente americano, sendo o gênero Lutzomyia são responsáveis pela transmissão da leishmaniose, uma doença provocada pelos parasitas unicelulares do gênero Leishmania, um protozoário. Leishmaniose é geralmente transmitida pelo inseto do gênero Phlebotomus. A doença é transmitida ao homem através de um reservatório animal (hospedeiro) como os roedores e os canídeos.

A transmissão dá-se classicamente pela picada do Lutzomyia, chamado de inseto vetor. Somente as fêmeas sugam sangue, pondo algumas dezenas de ovos em locais terrestres úmidos, como sob pedras e folhas no solo. Após 30-60 dias, a última larva fixa-se no subtrato e se transforma em pupa, mudando após mais alguns dias para adulto. Os adultos parecem voar poucas centenas de metros, em geral com um vôo saltitante e só picam partes do corpo não cobertas por roupas. Sua picada costuma ser dolorosa, e podem transmitir várias espécies de Leishmania, tanto em florestas quanto em ambientes modificados. Há espécies que picam somente em florestas, e outras que se adaptam a ambientes modificados, incluindo o peridomicílio e áreas com vegetação arbustiva, como Lutzomyia longipalpis, que transmite Leishmania chagasi, causadora de leishmaniose visceral.

A modificação da vegetação costuma causar a redução na população de uma espécie e o aumento na de outra, que pode substituir a primeira como vetor de alguma espécie de Leishmania.

Medidas preventivas

As moscas geralmente habitam locais sombreados e frescos, e o interior das casas é ideal para sua proliferação. Evitar a sua entrada é a melhor medida preventiva. Pode-se tomas as seguintes medidas:

  • Colocação de telas em portas e janelas
  • Manutenção do lixo em sacos plásticos ou latas de lixo bem fechadas
  • Manter os alimentos tampados
  • Evitar deixar frutas muito maduras e matéria orgânica expostas.

No caso dos mosquitos:

  • Retirar o pratinho debaixo do vaso ou se isto não for possível, colocar areia de forma que esta absorva a água parada.
  • Não jogar lixo em terrenos baldios.
  • Utilização de ralos protetores.
  • Não acumular água em recipientes, pneus, garrafas, latas, etc.
  • Não tenha plantas cultivadas diretamente na água, como arranjos florais, jibóias, paus d´água, entre outras
  • Colocação de telas (20 mesh) nas janelas e portas, para prevenir a entrada de mosquitos dentro da residência.

Pombos e Pássaros

Columbidae é uma família de aves columbiformes que inclui os pombos, pombas, rolas e rolinhas.

Há cerca de 300 espécies desta famílias distribuídas em todos os continentes. Os columbídeos são aves de pequeno e médio porte, com pescoço, bico e patas curtas, que se alimentam de sementes e frutos. O casal que se reúne na época de reprodução, constrói ninhos não muito sofisticados, onde chocam dois a três ovos brancos. Os columbídeos são em geral espécies cinegéticas, caçadas pela sua carne e muitos comuns em áreas urbanas.

Pombo-comum

O Columba livia (Pombo-comum) é uma ave columbiforme bastante comum em áreas urbanas. A plumagem é normalmente em tons de cinzento, mais claro nas asas que no peito e cabeça, com cauda riscada de negro e pescoço esverdeado. O bico é vermelho, curto e fino. Alimenta-se de sementes e grãos, e nas cidades do que estiver disponível nas ruas, incluindo lixo.

O pombo-comum é capaz de fazer seus ninhos nos mais diversos locais incluindo o interior de telhados, frestas em paredes e tijolos e orifícios de ventilação.

Essa espécie é originária da Eurásia e Africa e foi introduzida no Brasil no início da colonização portuguesa.

É considerada um grave problema ambiental, pois, compete por alimento com as espécies nativas, danifica monumentos com suas fezes e pode transmitir doenças ao homem, tais como a toxoplasmose.

Até recentemente, havia uma certa benevolência com o pombo em áreas urbanas, sendo comum encontrarem-se em pontos turísticos em todo o mundo (como a Trafalgar Square em Londres, ou a Cinelândia carioca) vendedores ambulantes licenciados de milho que seria atirado aos pombos. Atualmente, tais atitudes são desencorajadas e existe uma repugnância crescente á presença dos pombos, tidos como "ratos de asas", em áreas urbanas. Encontra-se na lista de espécies exóticas invasoras do Brasil.

Pardal

O pardal é nome genérico dado aos pequenos pássaros da família Passeridae, género Passer e Petronia. Os pardais são aves cosmopolitas e adaptam-se bem a áreas urbanizadas e à convivência com os seres humanos. Alimentam-se à base de sementes durante a maior parte do ano e de insectos na época de reprodução. O pardal doméstico foi introduzido pelo Homem em todos os continentes e é atualmente a espécie de ave com maior distribuição geográfica.

Pode tornar-se um grande incômodo quando seus bandos tornam-se muito grandes, espantando outras espécies de aves e também podem causar prejuísos construindo ninhos no interior dos telhados e calhas.

Medidas preventivas

A melhor maneira de evitar pássaros como pombos e pardais é a prevenção.

  • Evitar alimentá-los.
  • Conserte falhas em estruturas que permitam a construção de ninhos.
  • Vede as bordas entre os telhados e a laje para impedir o acesso dos pássaros nos espaços.
  • Pombos não gostam de pousar em superfícies inclinadas. Construir um parapeito com inclinação de mais ou menos 45º impede seu pouso.

Doenças transmitidas e patógenos veiculados:

  • Psitacose
  • Criptococose
  • Salmonelose
  • Toxoplasmose

Também podem transmitir:

  • Piolhos
  • Ácaros
  • Pulgas

Ratos

Rato é o nome geral dos mamíferos roedores da família Muridae. É a maior família de mamíferos existente na actualidade com cerca de 600 espécies, classificadas em 4 sub-famílias.

Os ratos silvestres foram aparentemente originados nas regiões temperadas da Ásia Central. Através de migrações pelas rotas comerciais e militares, o rato se espalhou pelo mundo. Muitos tipos de rato transformaram-se em espécies invasoras e causaram estragos nos ecossistemas ocupados através da sua migração.

Camundongo

Camundongo (Mus musculus) - É a designação dada à espécie , um pequeno roedor da família dos murídeos, encontrado originalmente na Europa e Ásia, e atualmente distribuído por todo o mundo, geralmente associado a habitações humanas; com cerca de 8 cm de comprimento, pelagem macia, cinza-amarronzada, mais clara nas partes inferiores, orelhas grandes e arredondadas e cauda nua e longa.

É também chamado de calunga, calungo, catita, catito. Existe também a forma: camondongo.

Ratazana

Ratazana (Rattus Norvegius) - são mamíferos roedores, provavelmente originárias da Ásia, ou talvez da Índia ou da Pérsia. Em finais do século XVIII atravessaram o Rio Volga e finalmente chegaram ao ocidente. Em 1728 alcançaram a Inglaterra, 1750 a Prússia oriental, 1753 chegaram a Paris e em 1809 invadiram a Suíça. Em 1755 as ratazanas chegaram à América do Norte. Este roedor é encontrado atualmente em todo o mundo, mesmo nas ilhas oceânicas desérticas e desoladas.

Muito ágeis, as ratazanas podem subir por paredes lisas, sendo ajudadas nestas escaladas pelo atrito das escamas da cauda. Além de nadarem bem, mergulham e saltam com facilidade. Têm os sentidos bem desenvolvidos, particularmente a audição, o olfato e o paladar.

São naturalmente neófitos, ou seja desconfiam de qualquer objeto novo no seu ambiente, dificultando assim o uso de iscas e armadilhas.

Rato Preto

Rato-preto (Rattus rattus) - É uma espécie de ratazana, também conhecida como rato-de-telhado, rato-caseiro ou rato-inglês e, no Nordeste brasileiro como gabiru ou rato-de-couro. O rato-preto surgiu no Sudeste da Ásia, e depois passou a ser encontrado na Europa por volta do século VIII, na África no século XVI e na América do Norte no século XVII. Na América do Sul, chegou junto com as expedições dos primeiros exploradores, tendo seu primeiro registro em 1544, no Peru.

Seu refúgio em barcos e também a urbanização de seu habitat, eliminando os possíveis predadores de sua espécie, são alguns dos fatores que têm contribuído para sua proliferação, tornando-os verdadeiros comensais humanos.

O rato preto é encontrado sempre em grupo, formado por 1 macho e 2 ou 3 fêmeas. Seu abrigo, onde também guarda seu alimento, é construído com material que encontrar.

Sua gestação é de 21 dias, e a fêmea fica grávida novamente no mesmo dia que nasce a 1ª ninhada. Os filhotes que nascem são desmamados após 3 semanas e sua maturidade sexual, fase em que já atingiu todo seu desenvolvimento, é observada aos 3 meses de idade.

Em áreas urbanas este rato possui hábitos noturnos. Mede cerca de 40 cm, possuindo cauda maior que o comprimento da cabeça e corpo, orelha longa quase sem pêlos e pés sem membranas interdigitais.

O rato-preto pode ser um perigo para a saúde pública visto que está assciado a doenças perigosas como peste bubónica, tifo e toxoplasmose, por exemplo.

Medidas preventivas

Os roedores encontram, principalmente, no lixo doméstico o seu alimento. Embora dêem preferência a alimentos que estão em condições de serem ingeridos, hoje podemos afirmar que são pouco seletivos no caso de escassez de alimentos, alimentando-se desde alimentos em bom estado até restos em decomposição (são considerados onívoros, isto é, alimentam-se de tudo). Nas áreas urbanas encontramos três espécies de ratos: Rattus norvegicus (ratazana, cuiára, rato de esgoto), Rattus rattus (rato preto, rato de forro, rato de telhado) e Mus musculus (camundongo), sendo estas consideradas as responsáveis pela transmissão de várias enfermidades, podendo ser por transmissão direta como a febre por mordedura ou somente agindo como agente no caso da Peste Bubônica, transmitida pela pulga do roedor infectado.

Doenças mais comuns transmitidas por ratos:

  • Leptospirose
  • Peste bubônica ou Pneumonica
  • Tifo murino

Melhores métodos de prevenção:

  • Limpar diariamente, antes do anoitecer, os locais de refeições e preparo de alimentos.
  • Determinar um local comum para refeições e colocar os restos de alimentos em recipientes fechados.
  • Recolher os restos alimentares em recipientes adequados, preferencialmente, sacos plásticos, que deverão ser fechados e recolhidos pelo serviço de coleta urbana.
  • Colocar sacos fardos e caixas sobre estrados com altura mínima de 40 cm, afastados uns dos outros e das paredes, deixando espaçamentos que permitam uma inspeção em todos os lados.
  • Manter ralos e tampas de bueiros firmemente encaixados.
  • Buracos e vãos entre telhas devem ser vedados com argamassa adequada.